CAPÍTULO 5
 
 
            Val se levantou, e sem uma palavra, foi para o quarto e voltou com uma escopeta semi automática, com mira a longa distância, dois binóculos. Celly se assustou, não sabia o que ela ia fazer.     Como eles previam, era um assalto a banco. Só que eles não tinham percebido que a quadrilha era muito grande. Iria demorar até que o carregamento chegasse. Kyle passou alguns dos dados do carregamento para elas. Val resolveu que iria descer, Kyle ia com ela. Celly e Brendan, iriam ficar lá, para atirarem.
    Val colocou um vestido curto, de modo que chamasse atenção, deu uma penteada no cabelo, e na bolsa, colocou uma arma automática e alguns cartuchos de bala. Val nunca gostara de colete, e não ia usar.
    Kyle a olhou surpreso, ela estava muito bonita, ele também se arrumou e se armou. Eles passariam como um casal indo ao banco. O problema era passar pela porta. Eles tinham que ficar dentro do banco. Sabiam que os assaltantes iam entrar.  Kyle chamou um dos seguranças, como ele estava com uma maleta, ele disse que tinha jóias e algumas outras coisas que não passariam pela porta. Ele disse isso alto, fazendo certeza de que os assaltantes escutaram.
    Celly percebeu pelos binóculos que assim que os dois entraram, os assaltantes se comunicaram com alguém dentro do banco através de um comunicador. Ela se preocupou. Parecia que os assaltantes eram em maior número do que eles pensavam.
    Celly ligou para o celular de Val em código. Elas sempre faziam isso durante os testes. Inventaram um código para que se por acaso ficassem ou não pudessem usar comunicadores, pelo menos pudessem ter uma idéia do que se passava. Tocou duas vezes. Val olhou e reconheceu o número da casa de Kyle. Sabia que era alguma msg. Contou o tempo. Mais dois, depois uma, e três. Ela tentou interpretar, mas não conseguiu. Parecia algo como  �Perigo, mais do que visto�. Foi o que ela entendeu. Sabia que  havia mais pessoas do que tinham calculado. Recebeu mais uma chamada, o código dizia �dentro�.
    Val abraçou Kyle, fingindo que ia beijá-lo e sussurrou no ouvido dele �tem mais do que imaginamos.. aqui dentro�. Kyle sorrindo, analisou ao redor. Viu que havia uma garota que o observava. Olhava para a maleta. Ele sabia que ela não tinha gamado nele. Ela mexeu no cabelo, e passou o dedo pelo ouvido, típico sinal de quem estava escutando algo, com certeza não era um walkman.
    Val continuava agarrada no pescoço de Kyle, mas não por estar gostando, mas porque ela vira um movimento suspeito em um segurança do banco que estava atrás de Kyle. Ela deu uma mordidinha na orelha dele e disse o que estava passando atrás dele. Val não sabia, mas Kyle se arrepiava quando alguém lhe mordia carinhosamente a orelha. Ele se arrepiou e ela sorriu maliciosamente..
    O celular tocou mais uma vez, o código dizia para que Val os mantivesse informados. Como já estava ficando chato os barulhos do celular, Val atendeu o celular falando francês. Sabia que os assaltantes não iam desconfiar se ela falasse em francês. Ela contou o que estava se passando. Kyle pegou o telefone e eles bolaram um plano.
    Havia um cara que a olhava insistentemente. Ela deixou Kyle no telefone e se aproximou dele. Imitou um sotaque francês para convencê-lo     Val sabia que estava certa. se fosse alguém mais normal não teria perguntado a quantia. Val falou uma quantia bem alta e apontou para a maleta de Kyle. Quando o cara ia dizer algo, Kyle a chamou. Sabia que se Val apontara para a maleta era porque ela estava com algum plano na cabeça. Então a chamou. Ela deu as costas para o cara e foi até Kyle e em francês disse que ele era um dos assaltantes.
    Instantes depois o carregamento chegou. Tanto Celly e Brendan, quanto Val e Kyle, perceberam a apreensão em algumas pessoas. Assim descobriram quem poderia ser ladrão. Contaram ao todo 11 pessoas dentro do banco. Seriam 14 com as 3 que ficaram do lado de fora. 5 delas saíram e renderam os guardas, as outras 6 começaram a assaltar o banco. Val ligou para a casa de Kyle em código dizendo �Agora�.  Celly e Brendan se aprontaram.
    Kyle e Val entraram para uma sala que tinha perto deles. 3 assaltantes foram atrás deles. Pensavam que na maleta estava uma grande quantia em dinheiro e iam levá-lo.
    Assim que eles entraram na sala, Val atirou e, dois que estavam armados, ela atirou em suas mãos para que não pudessem segurar mais uma arma, eles iam gritar, mas ela deu uma coronhada neles e eles desmaiaram. Da maleta, Kyle tirou algemas e os prendeu. O terceiro que estava desarmado se entregou pacificamente.
    Val sabia que só tinha mais três assaltantes, ela abriu um pouco a cortina e pode perceber que dois deles estavam em sua mira, um deles cuidava da porta. Val ligou para Celly �atire�.
    Val e Kyle saíram da sala com as armas na mão. Kyle atirou no braço de quem estava na porta. Um dos assaltantes pegou uma mulher como refém. Val disse que cuidava dele. Um tiro atravessou uma das salas. Era um dos seguranças que eles não sabiam que estava envolvido. Kyle ia atirar nele, mas se ele se virasse, ele estaria desprotegido. O segurança não acertou ninguém. Um dos reféns chutou a arma do cara da porta que a deixara cair assim que recebera o tiro.
    Val segurou a arma com o pé. Se abaixou e pegou a arma. O segurança atirou. Tentou atirar na arma, para que Val não pegasse, mas não acertou. O tiro raspou no pé de Val que já estava com as duas armas.     Val apontou as duas armas para frente. Ela sorriu.     eles não queriam se render. Um dos assaltantes, agarrou uma garota de cinco anos.     O assaltante os olhou com desdém.      Val largou uma das armas no chão e caminhou em direção do assaltante com a garotinha.             O assaltante mexeu o dedo. Kyle deu um passo pra frente, sabia que isso indicava que ele ia mesmo atirar. Antes que alguém pudesse ver o que estava acontecendo, o assaltante cai no chão. Val atirara bem no meio de sua testa, depois se virou contra o outro, que estava com uma mulher             o assaltante soltou a arma no chão e levantou as mãos. Quando Val viu que a situação estava sob controle, ela se virou para ver a menina. Um pouco assustada, mas nada demais, depois abriu a porta do banco, na mesma hora em que a polícia chegara. Val olhou para cima e fez um sinal, dizendo que tinham feito um bom trabalho.
 
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